02 referências de edifícios mistos (nacional e internacional) + Mercado São José (Recife) → Ana Luíza e Loren
Referência Nacional: Rancho 14 - Guarda do Embaú, Palhoça - Santa Catarina, Brasil
Localizado na praia da Guarda do Embaú, estado de Santa Catarina, Brasil, o conjunto residencial
denominado - Rancho 14 foi encomendado por um casal de argentinos que tinham neste projeto a
realização de um sonho.
denominado - Rancho 14 foi encomendado por um casal de argentinos que tinham neste projeto a
realização de um sonho.
Um terreno generoso, com um nível levemente mais alto que a rua, já acenava uma possibilidade de visuais, tanto para o mar como para a serra geral. Também havia algumas belas árvores que deveriam ser preservadas por sua beleza e importância para compor uma poética espacial.
O programa é composto pela casa principal, que serve como residência dos proprietários, e três
casas para alugar na temporada de veraneio, já que a principal economia do lugar é a pesca e o
turismo. Apesar da simplicidade o programa se tornava complexo, pois o terreno com 370 m² era
pequeno para comportar todas estas necessidades.
casas para alugar na temporada de veraneio, já que a principal economia do lugar é a pesca e o
turismo. Apesar da simplicidade o programa se tornava complexo, pois o terreno com 370 m² era
pequeno para comportar todas estas necessidades.
A proposta foi resolvida com duas edificações. A principal, localizada no centro do terreno, com
uma área construída de 100m², compreende o volume principal em alvenaria e dois volumes anexos
executados em madeira, tendo o telhado verde como cobertura.
uma área construída de 100m², compreende o volume principal em alvenaria e dois volumes anexos
executados em madeira, tendo o telhado verde como cobertura.
O menor compondo as sacadas do volume principal e o maior abrigando o ateliê do casal que por
ser estruturado com duas lajes de concreto armado ancoradas no volume principal e apoiado em
dois pilares circulares, libera as fachadas para utilização de fechamentos em madeira e vidro.
ser estruturado com duas lajes de concreto armado ancoradas no volume principal e apoiado em
dois pilares circulares, libera as fachadas para utilização de fechamentos em madeira e vidro.
O volume principal foi pintado de branco e os elementos de madeira e concreto armado foram
deixados ao natural, formando uma espécie de diálogo entre os materiais: a madeira quente e
acolhedora, o concreto frio e hostil, mas espelhando os veios e nós das formas de madeira.
deixados ao natural, formando uma espécie de diálogo entre os materiais: a madeira quente e
acolhedora, o concreto frio e hostil, mas espelhando os veios e nós das formas de madeira.
O artificial e o natural como uma aventura humana. O resultado foi uma arquitetura de espaços
abertos e jogo de volumes coroados por tetos verdes, que possibilitou transferir a área perdida do
terreno para o terraço, e ainda, com um ganho visual para o mar, para a serra e para o pôr-do-sol,
que dilui qualquer intenção de foco visual.
abertos e jogo de volumes coroados por tetos verdes, que possibilitou transferir a área perdida do
terreno para o terraço, e ainda, com um ganho visual para o mar, para a serra e para o pôr-do-sol,
que dilui qualquer intenção de foco visual.
O outro volume, um bloco retangular único, disposto de forma transversal ao fundo do terreno
compreende as três casas de aluguel, também construído em alvenaria e com sacadas de madeira
cobertas pelo telhado verde. A cor verde desta edificação foi escolhida com a intenção de mimetizar
-se na paisagem, integrando-se com a vegetação original do terreno e com isso destacando a
edificação principal.
compreende as três casas de aluguel, também construído em alvenaria e com sacadas de madeira
cobertas pelo telhado verde. A cor verde desta edificação foi escolhida com a intenção de mimetizar
-se na paisagem, integrando-se com a vegetação original do terreno e com isso destacando a
edificação principal.
Enquanto o volume das casas de aluguel segue uma planta funcional, a planta da casa principal
busca criar uma intersecção de espaços abertos, luz com brisas de ventilação natural cruzada.
O jogo de escadas, hora banhando de luz, hora de sombra, serve de circulação vertical, com
dobras e trocas de percurso que revelam diferentes visuais da arquitetura e da paisagem.
Já a área de serviço, locada no centro do terreno, acontece subvertendo a funcionalidade lógica.
busca criar uma intersecção de espaços abertos, luz com brisas de ventilação natural cruzada.
O jogo de escadas, hora banhando de luz, hora de sombra, serve de circulação vertical, com
dobras e trocas de percurso que revelam diferentes visuais da arquitetura e da paisagem.
Já a área de serviço, locada no centro do terreno, acontece subvertendo a funcionalidade lógica.
Por fim, o projeto teve como objetivo a busca de uma poética espacial integrada com a natureza
local como uma formulação fenomenológica do ser-no-mundo, onde a pessoa e o mundo artificial e
natural são mutuamente constitutivos.
local como uma formulação fenomenológica do ser-no-mundo, onde a pessoa e o mundo artificial e
natural são mutuamente constitutivos.
LINK: https://www.archdaily.com.br/br/878106/rancho-14-a-plus-r-arquitetura?ad_source=myarchdaily&ad_medium=
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Referência Internacional: Maison Stéphane Hessel, Lille, França
Arquitetos: JDS Architects
Autor: Julien De Smedt
Área: 6.98 m2
Ano do projeto: 2016
Materiais: Aço e Concreto
Foi realizado um concurso para a seleção de um novo edifício de uso misto em Lille,
no coração do novo bairro de Porte de Valenciennes. O edifício tem uma mistura de
fluxos e seu terreno triangular no coração do novo bairro.
no coração do novo bairro de Porte de Valenciennes. O edifício tem uma mistura de
fluxos e seu terreno triangular no coração do novo bairro.
O programa exigia um berçário de 70 berços, um albergue com 200 camas e um
escritório dedicado a inovações sociais e econômicas, todos reunidos sob um telhado
unificado. Ao invés de simplesmente dividir horizontalmente por nível ou verticalmente
por massa, nossa solução combina uma organização eficiente com estratégia programática
que converte as constrições geométricas do terreno em amenidades sociais e resolve
as funções aparentemente contraditórias em um espiral social entrelaçado.
escritório dedicado a inovações sociais e econômicas, todos reunidos sob um telhado
unificado. Ao invés de simplesmente dividir horizontalmente por nível ou verticalmente
por massa, nossa solução combina uma organização eficiente com estratégia programática
que converte as constrições geométricas do terreno em amenidades sociais e resolve
as funções aparentemente contraditórias em um espiral social entrelaçado.
Ao colocar cada programa em um ponto separado do triângulo, maximiza a privacidade
nas bordas com um gradiente contínuo de sobreposição programática em direção ao espaço
do pátio central, unindo o que se torna um claustro calmo de retiro da cidade.
nas bordas com um gradiente contínuo de sobreposição programática em direção ao espaço
do pátio central, unindo o que se torna um claustro calmo de retiro da cidade.
Os cantos do edifício são levantados para convidar a interação do bairro e fornecer
espaços para atividades públicas, estendendo a função do edifício além de suas paredes e
intencionalmente desfazendo a linha entre público e privado.
espaços para atividades públicas, estendendo a função do edifício além de suas paredes e
intencionalmente desfazendo a linha entre público e privado.
A Maison Stéphane HESSEL emerge da ideia de criar um catalisador urbano, projetado
para acomodar as três idades da humanidade. Um volume que capta os estágios do
crescimento humano.
para acomodar as três idades da humanidade. Um volume que capta os estágios do
crescimento humano.
Concebida para cumprir rigorosamente com objetivos de eficiência energética, a
Maison Stéphane HESSEL é uma intervenção ambientalmente consciente e socialmente
responsável que responde a uma ambiciosa proposta com uma solução igualmente
ambiciosa: uma estrutura híbrida que facilita a vida de seus usuários, do berçário ao lar
de idosos.
Maison Stéphane HESSEL é uma intervenção ambientalmente consciente e socialmente
responsável que responde a uma ambiciosa proposta com uma solução igualmente
ambiciosa: uma estrutura híbrida que facilita a vida de seus usuários, do berçário ao lar
de idosos.
Link: https://www.archdaily.com.br/br/806566/maison-stephane-hessel-jds-architects
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Mercado São José - Recife
Inaugurado em setembro de 1875, o Mercado de São José tem arquitetura em ferro
típica do século XIX. A inspiração veio do mercado público de Grenelle, em Paris. O
projeto, elaborado por encomenda da Câmara Municipal do Recife, provavelmente é
de Victor Lenthier, engenheiro da casa, à época. O detalhamento ficou a cargo do
engenheiro Louis Léger Vauthier, contratado também para acompanhar a execução
das estruturas de metal na França. É um dos monumentos pernambucanos, reconhecido
e tombado pelo Patrimônio Histórico. A construção levou mais de dois anos, extrapolando
o prazo estipulado para o empreiteiro José Augusto de Araújo. O custo também foi onerado
pelas modificações introduzidas por Vauthier, para adequar o empreendimento ao clima
tropical.
típica do século XIX. A inspiração veio do mercado público de Grenelle, em Paris. O
projeto, elaborado por encomenda da Câmara Municipal do Recife, provavelmente é
de Victor Lenthier, engenheiro da casa, à época. O detalhamento ficou a cargo do
engenheiro Louis Léger Vauthier, contratado também para acompanhar a execução
das estruturas de metal na França. É um dos monumentos pernambucanos, reconhecido
e tombado pelo Patrimônio Histórico. A construção levou mais de dois anos, extrapolando
o prazo estipulado para o empreiteiro José Augusto de Araújo. O custo também foi onerado
pelas modificações introduzidas por Vauthier, para adequar o empreendimento ao clima
tropical.
O Mercado de São José ocupa uma área coberta de 3.541 metros quadrados. Mede
48,88 m de frente por 75,44 m de fundo. O prédio é formado por dois pavilhões, com
377 compartimentos de diversos produtos; 27 pedras de peixe; 34 barracas internas –
para vender comidas e caldo de cana – e outras 70 espalhadas pela calçada do pátio.
Atualmente, são 545 boxes no total. Artesanato em barro, corda e palha fazem do mercado
polo de atração turística. É, também, ponto tradicional do comércio de pescado.
Semanalmente são vendidos, ali, cerca de 1,3 toneladas de peixe e 400 kg de crustáceos.
48,88 m de frente por 75,44 m de fundo. O prédio é formado por dois pavilhões, com
377 compartimentos de diversos produtos; 27 pedras de peixe; 34 barracas internas –
para vender comidas e caldo de cana – e outras 70 espalhadas pela calçada do pátio.
Atualmente, são 545 boxes no total. Artesanato em barro, corda e palha fazem do mercado
polo de atração turística. É, também, ponto tradicional do comércio de pescado.
Semanalmente são vendidos, ali, cerca de 1,3 toneladas de peixe e 400 kg de crustáceos.
Ao longo de mais de 125 anos de história, o Mercado de São José sofreu várias reformas.
A primeira delas, em 1906, levou dez meses. Em 1941, foram substituídas as venezianas
de madeira e vidro por combogós de cimento, mais duráveis. Em novembro de 1989, um
incêndio destruiu parte do mercado, danificando-lhe a estrutura. A obra para reconstrução
durou um ano e, em 12 de março de 1994, ele foi reinaugurado com grande festa. Em 1998,
o mercado foi novamente restaurado.
A primeira delas, em 1906, levou dez meses. Em 1941, foram substituídas as venezianas
de madeira e vidro por combogós de cimento, mais duráveis. Em novembro de 1989, um
incêndio destruiu parte do mercado, danificando-lhe a estrutura. A obra para reconstrução
durou um ano e, em 12 de março de 1994, ele foi reinaugurado com grande festa. Em 1998,
o mercado foi novamente restaurado.
Localiza-se na Praça Dom Vital, no bairro de São José e funciona de segunda a sexta, das
6h às 18h e nos sábados das 6h às 12h. São 143 anos de história e uma infinidade de artigos.
Para quem começou como um comércio de frutas e verduras, hoje em dia, o Mercado de São
José é praticamente um inventário vivo, colorido e pulsante da cultura popular pernambucana.
O Mercado fica numa região popular e movimentada, e quem procura artesanato ou produtos
pernambucanos tem nesse local uma das melhores opções da cidade.
6h às 18h e nos sábados das 6h às 12h. São 143 anos de história e uma infinidade de artigos.
Para quem começou como um comércio de frutas e verduras, hoje em dia, o Mercado de São
José é praticamente um inventário vivo, colorido e pulsante da cultura popular pernambucana.
O Mercado fica numa região popular e movimentada, e quem procura artesanato ou produtos
pernambucanos tem nesse local uma das melhores opções da cidade.
Em seus 545 boxes, nele você poderá encontrar um pouco de tudo: peixes e mariscos frescos,
artigos em couro, ímãs, tecidos rendados, enfeites em madeira, lembranças da cidade e outros
produtos do artesanato local. É na parte central do Mercado que são vendidos peixes, frutos do
mar e carnes, a preços variados. Os boxes externos são os de alimentação para quem esticou a
madrugada até de manhã ou para o almoço, e também lanches. Imagens de santos (em especial
de religiões de matriz africana), instrumentos musicais, bebidas também estão na lista generosíssima
de produtos que você pode encontrar no Mercado.
artigos em couro, ímãs, tecidos rendados, enfeites em madeira, lembranças da cidade e outros
produtos do artesanato local. É na parte central do Mercado que são vendidos peixes, frutos do
mar e carnes, a preços variados. Os boxes externos são os de alimentação para quem esticou a
madrugada até de manhã ou para o almoço, e também lanches. Imagens de santos (em especial
de religiões de matriz africana), instrumentos musicais, bebidas também estão na lista generosíssima
de produtos que você pode encontrar no Mercado.
A vantagem de visitar o Mercado São José é que ele agrupa uma grande variedade de lojas, permitindo ao turista encontrar um pouco de tudo no mesmo lugar. Ao redor do Mercado ficam muitas lojas populares e camelôs - quem quer comprar produtos com preços baixos pode circular pela região.
Em tempos de redes sociais, no Mercado é possível relembrar artigos do tempo da vovó e da
infância à moda antiga: piões, filtros e panelas de barro, lampiões, candeeiros, “badoques”, ratoeiras,
e muito mais.
infância à moda antiga: piões, filtros e panelas de barro, lampiões, candeeiros, “badoques”, ratoeiras,
e muito mais.
REFERÊNCIAS (LINKS)
https://poraqui.news/recife-antigo-centro/o-que-e-que-o-mercado-de-sao-jose-tem/
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