Análise do Mercado Modelo de Salvador e dois Edifícios de Uso Misto
Por Livia Machado, Maria Luisa Maia e Paula Azevedo
Shopping Villa da Pipa
Shopping Vila da Pipa
Fonte: Archdaily
O Shopping Villa da Pipa, foi projetado pelo arquiteto Teófilo Otoni Faria, tem uma área de 1.200m² e foi do ano de 2016, fica localizado na Praia de Pipa. A Praia de Pipa é uma famosa praia, ficando a 85 km de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte. A característica mais marcante desse paraíso tropical é a junção entre dunas imponentes sobrepostas no horizonte em cima dos tabuleiros que acabam em falésias geomorfologicamente vivas pela ação do mar e ventos.
Quarto no hostel Vila da Pipa Suites
Fonte: Vila da Pipa Suites
Nesse projeto foi utilizado um desenho moderno com linhas simples, o principal objetivo da arquitetura feito é de convidar o pedestre que passa na caçada a entrar no shopping por um tapete de assoalho de madeira levando até a praça de alimentação com uma vista deslumbrante para o mar de cima de uma falésia.
Perspectiva do Edifício
Fonte: Archdaily
Os tipos de usos que acontecem neste edifício são de comércio e hotelaria, em seu pavimento superior funciona um albergue, que possui corredores em formas livres circulares, contornando todo o edifício; e no pavimento inferior funcionam lojas, restaurantes, área de convivência, jardim e um Play Ground.
Fachadas e Cortes
Fonte: Archdaily
O fluxo de pessoas se dá inicialmente pela calçada, na qual existem vitrines dos comércios até a entrada principal que fica entre essas vitrines, de modo que quando as pessoas entram na esquerda há um quiosque e na direita uma escada para o pavimento superior, há escadas também na esquerda superior. Além disso, existe a presença de bancos e plantas espalhados pelo local, dando uma sensação de aconchego. No pavimento superior, subindo a escada da esquerda superior, as pessoas chegam no Hall do albergue/ hostel e encontra corredores curvados que dão uma leveza ao local, estes as levam até os quartos, que são de 8 tipos diferentes. Subindo ainda mais a escada, dá na cobertura, onde existe um terraço com mesas e plantas, para as pessoas desfrutarem do local.
Plantas
Fonte: Archdaily
Park Tower
Fachada do edifício Park Tower
Fonte: Archdaily Situado em Antwerp, Bélgica, o Park Tower foi construído em 2014 pelo Studio Farri Architects. O prédio teve a intenção de parecer uma verdadeira via urbana, o térreo e o primeiro andar possuem função comercial e a partir do segundo andar o prédio é composto por diferentes tipos de habitações - 360 habitações podendo abrigar até 800 pessoas, onde os 10 primeiros andares são compostos por 160 estúdios e 80 quartos estudantis e os 10 últimos são compostos por 115 unidades de habitação com 1 ou 2 quartos e instalações para idosos.
O acesso para os andares superiores é feito por elevadores que se encontram no térreo, onde fica a parte comercial do prédio, havendo assim, a integração dos usuários da parte residencial com a comercial, mas preservando sua privacidade, uma vez que o acesso para a parte comercial não depende da parte residencial.
Detalhe de diferença da fachada comercial e residencial
Fonte: Archdaily
O projeto tinha como objetivo ser um ponto de referência na cidade com sua fachada de tom leve coberta por folhas de papel translúcidas, querendo, principalmente, estabelecer a conexão do edifício com o exterior. Todo o edifício é revestido com painéis sanduíches isolados e uma segunda camada de vidro, criando-se um jogo de luz e sombra além de possibilitar o uso de ventilação natural, o que incentiva os moradores a saírem e utilizarem seus terraços.
Terraço
Fonte: Archdaily
Torre como ponto de referência
Fonte: Archdaily
Plantas e Cortes
Fonte: Archdaily
Mercado Modelo
Mercado Modelo de Salvador
Fonte: Google Imagens
O Mercado Modelo foi inaugurado no dia 9 de dezembro 1912, na cidade de Salvador, Bahia. Por muito tempo, foi o principal centro de abastecimento da cidade, e lá podiam ser encontrados uma infinidade de produtos alimentícios, como carnes, verduras, pimentas, farinhas, cachaças e até charutos. O primeiro edifício do mercado situava-se entre a Escola de Aprendizes de Marinheiro e a Casa da Alfândega, e após sucessivos incêndios, foi demolido, abrindo espaço para vias. Foi transferido em 1971 para o edifício da Casa da Alfândega, onde permanece até hoje.
Visão aérea do mercado
Fonte: Google Imagens
Atualmente, o Mercado Modelo não é mais o principal mercado de alimentos de Salvador. Hoje, é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, onde são comercializados artesanatos e produtos ligados à identidade baiana e nordestina, vindos do Recôncavo Baiano, Natal, Fortaleza e outras cidades. Lá, é possível adquirir pinturas, esculturas, lembrancinhas que remetem à cidade e ao estado, artigos de capoeira – como berimbaus –, redes, objetos religiosos tanto católicos como do candomblé, etc. O mercado configura-se não só é um ponto de comércio de produtos, mas também como um ponto de encontro cultural e artístico de pessoas, boêmios e poetas. Lá, acontecem rodas de capoeira, música ao vivo nos restaurantes, samba, manifestações de candomblé, etc.
Ambiente Interno do Mercado Modelo
Fonte: Google Imagens
Visão Panorâmica do ambiente interno do mercado
Fonte: Google Imagens
O mercado configura-se não só é um ponto de comércio de produtos, mas também como um ponto de encontro cultural e artístico de pessoas, boêmios e poetas. Lá, acontecem rodas de capoeira, música ao vivo nos restaurantes, samba, manifestações de candomblé, etc.
Rodas de capoeira: Manifestação cultural que acontece no mercado
Fonte: Google Imagens
Restaurante no Piso Superior do mercado
Fonte: Google Imagens
O mercado possui 8.410 metros quadrados e 262 boxes divididos entre dois andares, sendo 127 no primeiro andar e 135 no térreo. A estrutura interna de divisão dos boxes é feita por corredores divididos por categorias – como a ala da Galeria de Arte. Nos fundos do mercado, há uma estrutura em semi-círculo onde ficam localizados comércios alimentícios, música ao vivo, rodas de capoeira etc. Para acessar os 127 boxes e os restaurantes no piso superior, há uma escada localizada ao lado direito da entrada do mercado. Devido ao histórico de incêndios do mercado, durante a última reforma do prédio em que hoje ele funciona, foram instaladas tecnologias que ajudam nesse aspecto. O mercado não possui acessibilidade. Pessoas portadoras de deficiência não conseguem se deslocar pelos corredores, seja pela falta de sinalização – piso tátil – ou pelo dimensionamento dos espaços – corredores estreitos que não comportam o tamanho de uma cadeira de rodas e pessoas lado a lado.
Corredores do Mercado Modelo
Fonte: Google Imagens
Está prevista, desde 2016, uma reforma estrutural, onde o mercado ganhará um espaço para exposições, acessibilidade, sustentabilidade e segurança. Sua estrutura será mantida, mas equipamentos elétricos, hidrossanitários, segurança contra incêndio e pânico serão instalados e reformados. Terá reaproveitamento de água das chuvas, geração de energia solar e coleta seletiva do lixo. Arquitetonicamente, haverá uma reforma nos boxes, onde um novo modelo com um mezanino para depósito de mercadorias será construído – de madeira plástica, material que não propaga o fogo. O espaço para exposições será no subsolo, que possui 2.000 metros quadrados, que abrigará uma exposição sobre as embarcações no recôncavo baiano.
Mercado Modelo
Fonte: Google Imagens
Shopping Villa da Pipa
Fonte: Archdaily
O Shopping Villa da Pipa, foi projetado pelo arquiteto Teófilo Otoni Faria, tem uma área de 1.200m² e foi do ano de 2016, fica localizado na Praia de Pipa. A Praia de Pipa é uma famosa praia, ficando a 85 km de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte. A característica mais marcante desse paraíso tropical é a junção entre dunas imponentes sobrepostas no horizonte em cima dos tabuleiros que acabam em falésias geomorfologicamente vivas pela ação do mar e ventos.
Fonte: Vila da Pipa Suites
Nesse projeto foi utilizado um desenho moderno com linhas simples, o principal objetivo da arquitetura feito é de convidar o pedestre que passa na caçada a entrar no shopping por um tapete de assoalho de madeira levando até a praça de alimentação com uma vista deslumbrante para o mar de cima de uma falésia.
Fonte: Archdaily
Os tipos de usos que acontecem neste edifício são de comércio e hotelaria, em seu pavimento superior funciona um albergue, que possui corredores em formas livres circulares, contornando todo o edifício; e no pavimento inferior funcionam lojas, restaurantes, área de convivência, jardim e um Play Ground.
Fonte: Archdaily
O fluxo de pessoas se dá inicialmente pela calçada, na qual existem vitrines dos comércios até a entrada principal que fica entre essas vitrines, de modo que quando as pessoas entram na esquerda há um quiosque e na direita uma escada para o pavimento superior, há escadas também na esquerda superior. Além disso, existe a presença de bancos e plantas espalhados pelo local, dando uma sensação de aconchego. No pavimento superior, subindo a escada da esquerda superior, as pessoas chegam no Hall do albergue/ hostel e encontra corredores curvados que dão uma leveza ao local, estes as levam até os quartos, que são de 8 tipos diferentes. Subindo ainda mais a escada, dá na cobertura, onde existe um terraço com mesas e plantas, para as pessoas desfrutarem do local.
Fonte: Archdaily
Park Tower
Fonte: Archdaily
O acesso para os andares superiores é feito por elevadores que se encontram no térreo, onde fica a parte comercial do prédio, havendo assim, a integração dos usuários da parte residencial com a comercial, mas preservando sua privacidade, uma vez que o acesso para a parte comercial não depende da parte residencial.
Fonte: Archdaily
O projeto tinha como objetivo ser um ponto de referência na cidade com sua fachada de tom leve coberta por folhas de papel translúcidas, querendo, principalmente, estabelecer a conexão do edifício com o exterior. Todo o edifício é revestido com painéis sanduíches isolados e uma segunda camada de vidro, criando-se um jogo de luz e sombra além de possibilitar o uso de ventilação natural, o que incentiva os moradores a saírem e utilizarem seus terraços.
Fonte: Archdaily
Torre como ponto de referência
Fonte: Archdaily
Plantas e Cortes
Fonte: Archdaily
Mercado Modelo
Fonte: Google Imagens
O Mercado Modelo foi inaugurado no dia 9 de dezembro 1912, na cidade de Salvador, Bahia. Por muito tempo, foi o principal centro de abastecimento da cidade, e lá podiam ser encontrados uma infinidade de produtos alimentícios, como carnes, verduras, pimentas, farinhas, cachaças e até charutos. O primeiro edifício do mercado situava-se entre a Escola de Aprendizes de Marinheiro e a Casa da Alfândega, e após sucessivos incêndios, foi demolido, abrindo espaço para vias. Foi transferido em 1971 para o edifício da Casa da Alfândega, onde permanece até hoje.
Fonte: Google Imagens
Atualmente, o Mercado Modelo não é mais o principal mercado de alimentos de Salvador. Hoje, é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, onde são comercializados artesanatos e produtos ligados à identidade baiana e nordestina, vindos do Recôncavo Baiano, Natal, Fortaleza e outras cidades. Lá, é possível adquirir pinturas, esculturas, lembrancinhas que remetem à cidade e ao estado, artigos de capoeira – como berimbaus –, redes, objetos religiosos tanto católicos como do candomblé, etc. O mercado configura-se não só é um ponto de comércio de produtos, mas também como um ponto de encontro cultural e artístico de pessoas, boêmios e poetas. Lá, acontecem rodas de capoeira, música ao vivo nos restaurantes, samba, manifestações de candomblé, etc.
Fonte: Google Imagens
Visão Panorâmica do ambiente interno do mercado
Fonte: Google Imagens
O mercado configura-se não só é um ponto de comércio de produtos, mas também como um ponto de encontro cultural e artístico de pessoas, boêmios e poetas. Lá, acontecem rodas de capoeira, música ao vivo nos restaurantes, samba, manifestações de candomblé, etc.
Fonte: Google Imagens
Restaurante no Piso Superior do mercado
Fonte: Google Imagens
O mercado possui 8.410 metros quadrados e 262 boxes divididos entre dois andares, sendo 127 no primeiro andar e 135 no térreo. A estrutura interna de divisão dos boxes é feita por corredores divididos por categorias – como a ala da Galeria de Arte. Nos fundos do mercado, há uma estrutura em semi-círculo onde ficam localizados comércios alimentícios, música ao vivo, rodas de capoeira etc. Para acessar os 127 boxes e os restaurantes no piso superior, há uma escada localizada ao lado direito da entrada do mercado. Devido ao histórico de incêndios do mercado, durante a última reforma do prédio em que hoje ele funciona, foram instaladas tecnologias que ajudam nesse aspecto. O mercado não possui acessibilidade. Pessoas portadoras de deficiência não conseguem se deslocar pelos corredores, seja pela falta de sinalização – piso tátil – ou pelo dimensionamento dos espaços – corredores estreitos que não comportam o tamanho de uma cadeira de rodas e pessoas lado a lado.
Fonte: Google Imagens
Está prevista, desde 2016, uma reforma estrutural, onde o mercado ganhará um espaço para exposições, acessibilidade, sustentabilidade e segurança. Sua estrutura será mantida, mas equipamentos elétricos, hidrossanitários, segurança contra incêndio e pânico serão instalados e reformados. Terá reaproveitamento de água das chuvas, geração de energia solar e coleta seletiva do lixo. Arquitetonicamente, haverá uma reforma nos boxes, onde um novo modelo com um mezanino para depósito de mercadorias será construído – de madeira plástica, material que não propaga o fogo. O espaço para exposições será no subsolo, que possui 2.000 metros quadrados, que abrigará uma exposição sobre as embarcações no recôncavo baiano.
Fonte: Google Imagens
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